* imagem da web
O tempo por mim passou
e eu não o acompanhei.
Todo o sonho que sonhei
em sonho aqui comigo ficou.
Tive muitos amores
na primavera da vida
- a estação mais preferida -
e no coração guardo suas flores.
O canto estridente da cigarra,
às vezes alto, outras indolente,
deixa na memória, simplesmente,
do verão a lembrança bizarra.
As folhas secas dos mororós,
unidas que estão em seus galhos,
lembram meus cabelos grisalhos
do outono que passou por nós.
E os ninhos dos pardais
sem o palpitar de novas penas
demonstam tão somente, apenas,
dos difíceis invernos os finais.
Assim o tempo passa por mim.
E eu fico aqui a cismar
se é ele que deve parar
quando a vida chegar ao fim.
Giulia Dummont
Estações do Tempo
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3 comentários:
Ele não para nunca...
Doce Giulia, saudades do encantamento de seus versos.
lindos dias,
beijos
Minha cara Giulia, é sempre um prazer visitá-la. Sua poesia me arrebata, e fico imaginando a riqueza de espírito que você carrega. Sim, porque para escrever o que você escreve não basta juntar algumas palavras e ter um computador à mão; é necessário talento, alma, emoção, luz. Admiro a poesia bem feita, e sou seu fã. Um grande beijo.
Giu, aqui não tem só temporais!!!! Tem belo tempo, contado em letras!
bjão,
Casti
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