Sou só sombra de uma sombra
entre tantas iguais a mim.
Não sei mais o que me assombra,
o que faço, de onde vim.
Cai num abandono esquecida.
Ao sofrer de penas severas
trago a alma bom dolorida,
sem o florir de primaveras.
Com a face branca, de marfim,
fico aqui a olhar o vago
como a placidez de um lago.
E as lágrimas que choro, já calma,
brotam do fundo de minha alma,
do pouco que restou de mim.
Giulia Dummont
Sombra de Mim
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Um comentário:
"Sou só sombra de uma sombra
entre tantas iguais a mim."
Me sinto assim, Giulia.
Me identifico demais com tua poesia.
beijo
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